terça-feira, 29 de novembro de 2011

ÁGUA MORNA

Tenho que te ver milhões de vezes
Mas a chuva não para de cair
Mas caia por cima de mim
Muitas vezes se puder
Eu divido o que é meu
Na hora que você quiser.

Acredito sim em nossos planos
E levantar a nossa fortaleza
Na certeza de vencer
Quantas vezes eu tentar
Eu procuro o que é meu
Na hora que eu me levantar.

Quando o tempo para
Eu me vejo
Segurando firme a sua mão
E você com toda certeza
Não demora
Procurando a chave da razão

Hoje eu vou me arrumar pra vida
E atrazar todos os relógios
Toda vez que eu for dormir
Não preciso nem lembrar
Espero o amanhecer
Só para te despertar.

Água morna cristalina
Que aquece o meu corpo frio
Quero chegar até você
Navegando em um navio.








Walter Poeta

terça-feira, 15 de novembro de 2011

SONETO DOS ÚLTIMOS DIAS

Já entardeceu
E não podemos mudar os planos
Talvez no próximo ano
Tudo possa melhorar.

E se já aconteceu
E não a mais nenhuma saída
Vamos brindar à vida
Antes de morrer meu amor.

Reencontrar velhos amigos
Que nos livrem do perigo
Não consigo nem respirar.

O fim será uma festa
E tudo que nos resta
Nos faltará.






DE:Walter Poeta e Luciano Morais

sábado, 22 de outubro de 2011

A MÁGOA DE UM BOÊMIO

Quando eu pensei em te deixar
Vivia triste e tão sozinho
Mas para a mágoa de um boêmio
A mesa de um bar é o melhor caminho.

Chorei,chorei...
Não consegui me controlar
Sua ingratidão maldita
Destruiu o nosso lar.

Chorei,chorei...
Pois você não merecia
Esse meu imenso amor
Que você nunca aprecia.

Agora não me procure mais
O tempo vai dizer quem errou
Me esqueça e não volte atrás
Eu já tenho um outro amor.





Walter Poeta

APAGOU A NOSSA LUZ

Acabou a minha paz
Terminou o nosso amor
Você quis eu chorei
Depois sofri não vou negar!

Me arrependi
Por ter te amado tanto
Por ter te amado amor...
Apagou a nossa luz
Terminou o nosso grande amor.

Mais nunca é tarde pra ser feliz
Vou procurar um novo amor
Que me ame de verdade.














Walter Poeta

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

APRENDIZ

Pode vir
Traz o teu sentimento
Pode vir
Com tua alegria
Pode vir
Meu bem eu sei
É só o amor que salva.

Pode vir
com tua esperança
Pode vir
Com a sua energia
Pode vir
meu bem eu sei
Que a tua beleza é rara.

Vou pedir a padroeira
E agradecer de novo
Te proteger e ser feliz
Sem a verdade o amor é cego
E sei que dura pouco
Apenas sou um aprendiz.

Pode vir
Minha linda princesa
Pode vir
Com todo o seu tesouro
Pode vir
Meu bem eu sei
Que o sonho nunca se acaba.

Pode vir
Quero ser mais que um amigo
Pode vir
Com a tua felicidade
Pode vir
Meu bem eu sei
Que o sol nunca se apaga.






Walter Poeta

UM XOTE SÓ PRA JANAÍNA

Mas o que é que Janaína tem?
Canto esse xote com alegria
Por que pra Janaína eu quero o bem

Quando ela passa de longe vejo
O seu sorriso muito lindo e encantador
Fico com vontade de encher ela de beijo
E dizer a ela que ela é linda como uma flor.

Agora quero cantar publicamente
Com com Janaína todo mundo se encantou
Uma menina muito bela e sorridente
Mas seu coração ninguém ainda conquistou.

Eu gosto de olhar pra Janaína
Eu gosto de sentir o seu calor
Eu gosto de ouvir ela cantando
Eu gosto de ser o seu cantador.

Eu gosto de olhar pra Janaína
Eu gosto de escutar o que ela diz
Eu gosto de sentir o perfume dela visse
Eu gosto de ver sempre ela feliz.



Walter Poeta

NUNCA É TARDE

Nunca é tarde pra quem quer chorar
Nunca é tarde pra quem quer correr
Nunca é tarde pra quem quer amar
Nunca é tarde pra quem quer viver.

Nunca é tarde pra quem quer sorrir
Nunca é tarde pra quem quer lembrar
Nunca é tarde pra quem quer dormir
Nunca é tarde pra quem quer sonhar.

Nunca é tarde pra esquecer ador
Nunca é tarde para socorrer
Nunca é tarde para um grande amor
Nunca é tarde para entender.

Nunca é tarde quem caminha cedo
Nunca é tarde ver o sol brilhar
Nunca é tarde pra perder o medo
Nunca é tarde pra poder gritar.

Nunca é tarde para esperar
Nunca é tarde para vencer
Nunca é tarde para caminhar
Nunca é tarde para crescer.

Nunca é tarde para viver a vida
Nunca é tarde para se locomover
Nunca é tarde para achar a saída
Nunca é tarde para esquecer.

Nunca é tarde para tomar coragem
Nunca é tarde ver o anoitecer
Nunca é tarde pra seguir viagem
Nunca é tarde pra quem quer morrer.

Nunca é tarde para enxergar
Nunca é tarde para compreender
Nunca é tarde para acordar
Nunca é tarde para vencer.






Walter Poeta

terça-feira, 18 de outubro de 2011

SE VOCÊ SAIR

Se você sair
faça-me um favor
Leve embora o seu sorriso
Esqueça o nosso amor.

Se você sair
Seja sempre forte
Leve embora os seus livros
E tenha muita sorte.

Se você sair
Veja quem errou
Nosso plano não deu certo
E nossa história terminou.

Em toda primavera
Os olhos podem ver
As flores se abrirem
E um novo amor nascer.

Em toda primavera
Os olhos podem ver
As flores se abrirem
E um novo amanhecer.

Se você sair
Tenha paciência
Um novo amor se recomeça
Fique sempre atenta.

Se você sair
Sai em silêncio
Leve embora os seus discos
E esqueça os nossos momentos.

Se você sair
O caminho você conhece
Deixe a cópia da chave
E ver se me esquece e vai...





Walter Poeta

MULHER INGRATA

Foi você
Que me deixou na solidão
Dessa angústia
Que me xingou
Sem pedir nem desculpa
E agora vive dizendo
Que me amou.

Foi você
Que fez com que a tarde
Ficasse mais triste
Me judiou e derramou
O meu Whisky
E agora vive dizendo
Que lamenta essa dor.

Foi você
Que machucou meu coração ferido
Que me traiu
Com o meu melhor amigo
E agora vive dizendo
Que foi você quem chorou.

Saiba que eu te esqueci
E agora eu confesso
Mulher ingrata eu te detesto
Saia da minha vida
É só isso que eu te peço.





Walter Poeta

terça-feira, 4 de outubro de 2011

PRÉ JULGADOS

Está na cara que você já nasceu culpado
De uma culpa que em você ainda não nasceu
E se sente como um cara totalmente exilado
No lugar onde você sempre viveu.

Está na cara que você já foi condenado
E pagou um crime que você não cometeu
E caminha se sentindo um homem enjaulado
Pela cidade que você não acolheu.

Hoje os carros são a moderna boiada
Nesse verde não se ganha mais dinheiro
Está escrito em sua testa a navalha
Que o perigo em você se vê primeiro.

A culpa está na cara
A culpa está na pele
A culpa no cabelo
Há culpa por você nascer.





Walter Poeta e Alexandre de Lima

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ABOIO

Toda poesia
Nos revela a fantasia
De que vemos
Mais que merecemos.


A vida imita a arte
Retirantes no cinema
Como uma história sem final.

Olhos do menino a seca
De que espera algum sinal
Mas não se cansa de chorar
Esse imenso sol castiga
Toda essa hipocrisia
Que nunca para de olhar.

A janela no horizonte
É a tv dos oprimidos
O vazio é o prato principal.
O açude é uma corva
O cortejo no quintal
Onde se aprende
Só com o terço.

Boi,boiada,aboio...







Walter Poeta

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

MEMÓRIA DE UM CADÁVER

Vi o meu corpo indo a um triste cemitério
No sonho com pétalas branca e puras
Deixando essa vida sem nenhum mistério
Ao caminho de uma fúnebre sepultura.

E o meu espírito fora do meu corpo observava
A minha matéria deitada ali dormindo
E as criaturas que ao meu lado me carregava
Espiando o meu cadáver com olhares entristecidos.

É melancólico ver o corpo ser sepultado
Pela manhã em plena luz do dia
E toda a lembrança no passado viraram passado
Com a infelicidade nesse mundo de dor e alegria.

Mas agora o meu corpo ganhará um nebuloso jazigo
Com palavras escritas no túmulo que será mormaço
No monumento em memória ficará escrito
Adeus pai,adeus mãe,irmãos e para os amigos um abraço.










Walter Poeta

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A FORÇA DO ABRAÇO

Quero abraçar-te
Mais do que penso
Quero abraçar-te
Mais do que posso
Como um tolo
Como um sábio apaixonado
Quem sabe abraçar-te sem ter fim
Como os números
Como as palavras do dicionário
Quero abraçar-te
De uma maneira nítida
Sem plagiar o abraço materno
Quero abraçar-te com liberdade
Feito um pássaro livre
Abraçar-te no verão
No outono e no inverno
Quero abraçar-te
Constantemente sobre teu corpo
Para aquecer quando estiveres frígida
Quero abraçar-te sem ter medo
Pois a vida foi feita
Para abraçar
E para quem merece
A força do abraço.








Walter Poeta

domingo, 18 de setembro de 2011

A LUZ DO MEU CAMINHO

Ninguém do meu lado
É sempre assim
Eu quero sair dessa escuridão
Não me deixe só
Não me deixe sozinho
Eu prefiro a luz do meu caminho.

Será difícil abrir os olhos?
Será difícil me dar as mãos?
Será difícil me entender?
Pois eu quero sair dessa escuridão.






Walter Poeta

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

ÁS VEZES

Há tempo que eu não vejo o meu sorriso
Faz tempo que a chuva cai no telhado
Há tempo que não coloco os pés no chão
Faz tempo que eu não fico mais sentado.

Há tempo que eu desvio desse fogo
Faz tempo que eu não lembro do passado
Faz tempo que eu fujo desse frio
Faz tempo que eu não olho mais pros lados.

Por que ás vezes tem vezes
Que as horas não me interessam mais.

Há tempo que eu já esqueci de mim
E os meus braços continuam pendurados
faz tempo que eu esqueci das rosas
E quando eu grito não fico mais calado.

Há tempo que eu procuro o meu caminho
Faz tempo que eu ando desanimado
Há tempo que eu não consigo entender
Por que o tempo não pode ficar parado.






Walter Poeta

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

SOSSEGO

Quando eu conjugar
Céu,sol,paz e mar
Eu vou encontrar
Meu sossego.

Levantando vôo
Num disco voador
Para viajar
No sossego.

E a noite chegar
Fogueira queimar
Os peixes vão voar
No sossego.

Onde fazemos nossa lei
Sem qualquer censura
Ser faraó,plebeu ou rei
Qualquer loucura.

E cantar por toda madrugada
E ver que o mangue não morreu
Nascer com o sol nova jornada
Tudo é viver.

Quando eu conjugar
Céu,sol,paz e mar
Eu vou encontrar
Meu sossego.

Levantando vôo
Num disco voador
Para viajar
No sossego.

E você chegar
Num barco a navegar
Minha paz virá
Com sossego.





Walter Poeta e Alexandre de Lima

PERNAMBUCANAMENTE

Pisar no meu Pernambuco
É dançar coco de roda
Conhecer Selma do coco
E a ciranda de Lia
Na ilha de Itamaracá.

Pisar no meu Pernambuco
É conhecer Caruaru
Conhecer Filhos da cidade
Misturando punk com maracatu.

Pisar no meu Pernambuco
É conhecer Mestre Salú
Andar na rua do sol
E na cidade de Igarassu.

Pisar no meu Pernambuco
É visitar a cidade de Olinda
É ver as praias tão lindas
Subir no alto da sé.

Vem pisar no meu Pernambuco
E conhecer o Recife antigo
Rever velhos amigos
Na rua do Bom Jesus.

Vem pisar no meu Pernambuco
E entrar na roda de capoeira
Andar na rua da Aurora
E no mercado de São José.

Vem pisar no meu Pernambuco
É conhecer o meu Recife
Ver o rio Capibaribe
Que é cartão postal.

Pisa no meu Pernambuco e vem
Pisar no meu Pernambuco e vem ver.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ETERNOS ESTUDANTES

O ser humano luta
Por uma palavra:a vida
As pessoas estudam pra vencer na vida
Cientistas estudam uma cura pra AIDS
Sociólogos estudam uma maneira
Para acabar com a fome
O ser humano luta por um ideal
Que é seu desafio constante
E dele faz-se eternos estudantes
Estudam o mundo tentando
Achar uma saída
Para viver uma vida melhor.


Estudante de si mesmo
Os mesmo de hoje,amanhã e de sempre
Da vida pesquisadores
Amam a vida enfrentando as dores
São plebeus e nobres os estudantes
São fortes e lutadores de corpo e de alma
Pois que sejam como a juventude de antes
E vivam sem saber o que têm no peito
Apenas sigam um caminho de ir e de voltar
Agindo pela razão com emoção
Com amor a pátria.


Lutando contra fardos e misérias
Enfrentando os contrastes constantes
Mas antes,falem da flores
Vivendo em amores conquistando
A liberdade mais e mais...
Celebrando a paz.


No futuro há de ser professores
Mas agora,são apenas
Caçadores de emoções
Juventude livre e pesquisadores
Para sempre estudantes do mundo
Da vida eternos estudantes!






Walter Poeta e Henrique

SEM VOCÊ NÃO FAZ SENTIDO

Meu bem eu não consigo te esquecer
A vida é triste sem você
Sem ter o teu amor não faz sentido
Viver sem ti é o meu pior castigo.

Meu bem eu não posso te perder
A vida nos ensina a viver
E viver longe de ti eu não consigo
Porque teu coração é meu abrigo.

Por favor não vá embora
Pois o meu coração chora
E chorar me faz sofrer
Preciso tanto de você.

Vem ficar comigo
Sou o teu homem e teu amigo
Viver distante de você
É bem maior do que um castigo.







Walter Poeta e Cassio

SAUDADES DOS FOLIÕES

Nossa alegria meu bem
Que se foi um dia e não vem
Dos carnavais que passou
Deixando saudade e amor.

Cadê o frevo de Capiba?
Saudosos foliões de Moraes?
Os corações futuristas?
Passado que não volta mais.

Toda fantasia meu bem
Tem uma alegria real
Viver brincando em folia
Nesse eterno carnaval.

Toda saudade tem dor
Por traz de uma fantasia real
E vai embora toda magia
da colombina nesse carnaval.



Walter Poeta

PONTO FINAL

Quando você me aparece
Assim com essa cara
Fingindo pra mim
Que não tá acontecendo nada
Mas nada faz você
Mudar na sua casa
Agora não vou mais
Pisar na sua sala.

Mas tudo aquilo
Que você não fez
Em todo esse mês
E o plano que inundou
O nosso amor
Só durou esse ano
Agora que eu me libertei
Fugindo dessa batalha
Vou sair do seu caminho
Pela última vez.
Agora vou curar minha dor
Longe das suas garras.

Perto de mim
Você era mais feliz.






Walter poeta e Salvino

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

MEU PAU BRASIL,MEU BOI BUMBÁ

Meu pau Brasil
De troncos e ramos
Armados de espinhos
Meu Boi bumbá
Que entra na roda pra dançar.

Vamos pegar o pau Brasil
Pra plantar e salvar
Vamos louvar esse boi
Pro boi dançar e rodar.

Chama o padre
O médico
O curandeiro
E o valentão
Capitão boca-mole
Doutor Bastião e Matheus
A ema,a cobra
A burrinha e o boi
Pra salvar
Mas cadê caipora
O diabo e o jaraguá?






Walter Poeta

domingo, 4 de setembro de 2011

CHUVA ÁCIDA

Choveu no meu roçado
Matou a plantação
Não sei o que há de errado
Com o nosso coração
Não guardo sentimentos
De insatisfação
Não vejo um só momento
A cura pra nação
Não calo quando falo
Não falo em perdão
Não saio do seu lado
Sem ter motivação
Choveu no meu roçado
Uma chuva de água quente
Matou a plantação
E me deixou doente.






Walter poeta e Benone

REVOLTA

Que vida chata
Para os ojerizas é ingrata
Que vida triste
É tétrico para os infelizes
Que vida burra
Para os caretas é frescura
Que vida louca
Para os famintos é não ter boca
Que vida péssima
É fazer amor sem ter esperma
Que vida amarga
Minha barriga está vazia e não tem nada
Que vida ardente
Puta que o pariu pro presidente.







Walter Poeta

NARCISA

Ela vem chegando
Ela vai saindo
Pela porta da frente
Pela porta de traz

Ela entra e sai
E sem me entender
E me dar um beijo
Toda diferente
Toda dengosa

Desarrumada
Ela é célebre
Narcisa nas águas dos rios.
Quem será
Quem será essa mulher?








Walter Poeta


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

LÁ VEM O FREVO

Lá vem o frevo!
Descendo a ladeira
Lá vem o frevo!
Com o quinteto armorial
Lá vem o frevo!
Pra misturar com esse povo
Eita frevo doido
Que vem esquentar meu carnaval.

Eu quero ver
O palhaço sem graça
Brincando na praça
Com todo vapor.

Na minha frente
Uma ala ursa na janela
Gritando bem alto
Que o carnaval já chegou.

Lá vem o frevo!
Pegando fogo
Lá vem o frevo!
Querendo passar
Lá vem o frevo!
Pra misturar com esse povo
Eita frevo doido
Que ninguém consegue parar.






Walter Poeta

INTIMIDADE

Eu já sei
O que é bom
Pra nós dois
Então vem
Não é difícil
Chegar até a mim.

Eu já descobri
O nosso caminho
Então vem
Não é difícil
Caminhar pra ser feliz.

Vê se cria
Um tempo
E se apressa.

Aceita
O sofrimento
E liberta.

Pois quem
Sabe sonhar
Bem sabe viver.






Walter Poeta


CONTO DE FADAS

Você é tudo que eu sempre quis
Você é tudo que eu sonhava
Agora eu viverei feliz
Como no conto de fadas.

Menina vem me dar um xero
Vem do jeito que você quiser
Na vida eu serei seu beija flor
E você será a minha mulher.

Quando te vi
Minha vontade era te dar um beijo
Matar minha sede
Sentir o teu calor é o meu grande desejo.

Você é minha vida
A fonte da minha inspiração
Minha alegria,o meu verso,meu poema
A minha linda canção.







Walter Poeta

DESEJO ETERNO

Vem, quero a paz
Que encontro nos teus braços
Nos braços que me aquece
O meu corpo quando
Estou frígido.

Vem,quero o carinho
Que encontro nas tuas mãos
nas mãos que me afaga
O meu corpo
Quando estou carente.

Vem,quero o beijo árduo
Que encontro na tua boca
Na boca que me beija
Quando estou cálido.

Vem, traz a tua paz,
O teu carinho,
O teu beijo
E tudo que há de bom em você
Por que serás sempre
O meu eterno desejo.







Walter Poeta

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A VERBOSIDADE DA MULHER

Eita que gota serena
Dessa língua tão afiada
Dizer que fulana é quenga
Que Zeca comeu a empregada
Que Pedro quebrou a perna
Subindo pra chegar no telhado
Que Tripa andou trepando
Pulando a cerca do lado
Que o galo não tá cantando
Na fazenda de seu Aderaldo.
A língua desaforada
Que fala da vida do outro
Dizer que o cumpadre comeu carne
E que hoje ele roeu o osso
Que Mané soltou um peido
Que Odete levou um coice
Que Zezinho cortou o dedo
Abrindo a lata de doce.
É um fuxico arretado
Que se espalha em boca em boca
Toinha que era virgem
Hoje não tem fama de moça
Que Onofre não é mais crente
Que a cobra engoliu um sapo
Que José viu lá na serra
Dois homens cabra safado
Fazendo o que não devia
No mato todo enroscado
Eita que língua ferina
Que fala de deus e do diabo!
Não sei como não cansa
Comendo e cuspindo no prato
Falando de noite e de dia
Até do pentelho do macaco.
Falando da vida alheia
Até do morto que tá enterrado.
Tomara que um dia essa língua
Da boca caia no chão
De tanto falar desse povo
Da vida de um cidadão
Será que essa língua infame
Com o corpo caberá no caixão?
Que ficará debaixo da terra
No inferno sem a salvação.
Agora terminando essa rima
Com uma simples interrogação
Não querendo modificar a história
Quando Deus fez esse mundão
Deixou escrito num livro
O começo da criação
Mas antes que me falhe a memória
Será que Eva comeu a fruta
Ou a cobra Comeu Adão?







Walter Poeta














LUGARZINHO DISTANTE

Num lugar muito distante
Onde a morte vive a observar
O sol castigando a terra
A boiada só faz caminhar.

Mulheres,homens e meninos
Vão seguindo a procissão
Com a fé que ainda existe
Com o sol quente sobre o chão.

O sabiá que cantava o seu canto
O sertão já deixou de escutar
Ficou o ermo,o silêncio a esperança
O girasol deixou de brotar.

O povo tinha muita fartura
Aroz,mandioca e milho pra munguzá
Nunca mais choveu na roça
E nem o diabo bateu as botas por lá.

Quando morre o dia no fim da tarde
Os vaga lumes chegam com a escuridão
Maruim,besouro e pernilongo
Dão voltas em um velho lampião.

E chega a noite com a lua nova
Os cantadores vão tocar
Tem pandeiro,sanfona e viola
Triângulo,zabumba e até ganzá.

Dançam e festejam a noite inteira
Vai tocando até o dia raiar
Zé pingunço,Januário e Severino
Improvisam o repente popular.







Walter Poeta


terça-feira, 23 de agosto de 2011

PELA ESTAÇÃO

Guardo tua imagem
E tua lágrima dentro de um bolso paletó
Vou a estação pegar aquele trem
Nessa sexta feira de sol
Vou com aquela roupa
Que você me deu
No dia do meu aniversario
E aquele sapato que você escolheu
Que faz tempo que guardei
No armário.

Olho pro relógio
E vejo o tempo passar
E eu preciso muito correr
Você é o presente
Que a vida me deu
Por isso que hoje quero te ver.

Quando eu chegar
Você vai ter que entender
Que só você faz parte de um coração
Te dar um beijo ávido
Que ainda não dei
E voltar pra casa
Pela estação.

Mas se por acaso
Esse trem não passar
Eu vou voltar pela
Mesma estrada
Pois fiquei sabendo
Que o maquinista
Também foi visitar a namorada.

Em todos os momentos
Na estrada em cada porto
Em cada pensamento
tem um mundo sempre mais novo.






Walter Poeta


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

PAREDES DE ESPINHOS

Peço qualquer sensação
Daquilo que não espero
Mas foi por acaso
Que eu me vi nessa provocação.

Mas cego nesses olhos
Que trazem a luz na escuridão
Conflito de um pobre jogador
Que joga as dores em nós.

Eu nunca me desespero
Vendo o mundo nessa hipocrisia
E o povo ainda espera
O prato de barriga vazia.

Renego a sua boa intenção
Cheia de mau sentimento
E o tempo é o nosso conselheiro
Nesse exato momento.

Sei que essa insegurança
Me deixa um pouco sozinho
Mas não vão tentar me empurrar
Nessas paredes de espinhos.

Me diga se o mundo
Está de cabeça pra baixo
Eu vivo e me pergunto
Se o bem que eu faço
É certo ou errado?






Walter Poeta e Alexandre de Lima

BLECKOUT SOUL BLUES

Baby,não tenha medo
Do amanhã que você ainda não viu
Baby,já vi lugares piores
Na madrugada
Na encruzilhada da morte.

Na minha vida
Já vi coruja
Já vi a bruxa voar
Já vi gnomos
E o morcego chupar
O sangue virgem da samaritana.

Baby,supere o medo
Que o gato preto
A alma negra ele tem
Ele está comedo
E atravessando
A longa estrada da sorte.

O meu blues é negro
A minha alma é negra
E o café preto
É black também
Na minha lua turva
nessa luz escura
E nessa clara noite
Um blues cai bem
E mesmo a meia noite
Um bleckout chegou.
Agora cante um blues.




Walter Poeta e Alexandre de Lima

SOB A LENTE

Um cego enxerga seu rumo
Logo todos vão seguir
Não importa o absurdo
Que eles irão enxergar

Um louco grita pro mundo
Eu tenho uma solução
E o tolo entrega a sua fé
Errando na contra mão.

É fácil manipular
As almas indecisas
Que buscam uma verdade
Querendo nos encontrar.

E o jogo do poder
Conhecendo se domina
E se torna bem mais fácil
Pra quem sabe se expressar.








Walter Poeta e Alexandre de Lima


SEGREDOS

Todo mundo fala que você me ama
Todo mundo fala que você me amou
Venha para perto de mim
Mostre o teu sorriso
Mostre a tua idéia
Dentro dese jogo
Dentro do teu corpo
Dentro do teu mundo
É tudo que preciso saber.

Mostre a tua cara
A tua outra metade
realidade rara
Que podemos ver
Venha para perto de mim
Faça um sinal antes de vir
mesmo que eu não veja
Mas quero ter certeza
Que você me amou.






Walter Poeta

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

LIVRES PRA VOAR

Com você aprendi
Que amar vale a pena
E é mais um caminho
Que o tempo diz
Onde as folhas caem
Violeta é a cor do meu amor.

É bom demais
Está contigo
E ver o sol sair bem devagar.

Saudades
Lembranças de nós dois
E livres pra voar.











Walter Poeta

COMETA SEXO ESPACIAL

Penetrando pela
Vastidão do teu espaço
Um enorme cometa
Roça em teu céu
E no êxtase dessa sensação
Chega a o infinito
Na galáxia que me conduz
Seguindo o reflexo da tua estrela.
Sei os teus mistérios
E os puros deleite
Que é só provar novos rumos e fontes
Sei os fartos e o verdadeiro caminho
Que me levaram ao horizonte.
Quero desbravar essas virgens terras
De vistosas fendas que me esperam
Quero colocar o meu mastro
Na tua cratera
Nesse abraço no teu planeta de pecado.
Me em vulvas com a tua carne
Sedenta e molhada
Que eu vou descobrindo
Os teus segredos
Com mais de mil beijos
Com a língua e com os meus dedos
Também nessas horas
O meu cometa comete outra loucura
Pois de cabeça forte mergulha
Em teu buraco negro.






Walter Poeta e Alexandre de lima







sábado, 13 de agosto de 2011

VOU ME EMBORA DE PAULISTA

Vou-me embora de Paulista
Aqui nem sou amigo do rei
E nem tenho a mulher que eu quero
Na cama box que sonhei
Vou-me embora de Paulista.

Vou-me embora de Paulista
Aqui nunca fui feliz
Nessa cidade dormitório
De tal modo incultural
Que Joana ficou louca na Espanha
Surda,falsa e demente
De tanto escultar muito brega
No mp três que nunca tive.

E como não faço ginástica
E nem ando de bicicleta
Descerei a ladeira do dois
Beberei no bar de Sovaco
Tomarei um alcatrão com mel e limão
Pra esquecer essa cidade definitivamente!
E quando eu estiver cansado
Nem posso deitar no rio Paratibe
Que no tempo de menino
Era limpo e eu mergulhava
E nem precisava chamar a mãe-dágua
Pra me contar as histórias
Que Rosa fazia contar
Vou-me embora de Paulista

Em Paulista não tem nada
É uma maldição
Só vem prefeito corrupto
Com muito dinheiro no bolço
Pra impedir a cassação
Não melhora na saúde
E adoeci a educação
Não tem prostitutas bonitas
Pra gente namorar.

E quando eu estiver mais triste
Mais triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
Voltarei no bar de Sovaco
Lá sei que sou amigo dele
E terei a bebida que eu quero
Na mesa que eu sentarei
Vou-me embora de Paulista!











Walter Poeta



POETIZA

Ela amou sobre o papel
E decidiu poetizar
E foi conhecer
O divino mundo da poesia
Um mundo cheio de amores
Tristezas e dores
Dores que irão viver
Eternamente na mentalidade
Mas na realidade
A poetiza inspira no ônibus
E cria as suas poesias
Que contém bombas de esperanças
E tiros no coração
Pois as mãos sobre as tuas mãos
Tu ama como um irmão
Poetiza olha bem
Esses ventres eternamente vazio
E só assim tu seguirás
O teu caminho
E descobrirás a tua poesia
Com lamentos,lágrimas e sofrimentos
E tu voltarás a respirar
Outra vez.









Walter Poeta

OCULTO

O meu coração
Bate forte
Todo dia
Toda hora
E ele é manso
E ele é calmo
Porém só quando vejo-te
Aí aumenta meu desejo
E o meu coração
Bate forte
Mais depressa
Mais ligeiro
E ele é manso
E ele é calmo
Todo dia
Toda hora
Há todo instante.







Walter Poeta

ENDECHO

Frases são frias
Feito cubos de gelo
A dor e a felicidade
São palavras inesplicáveis
O mar e a madrugada
Não são assimilar com a solidão
Que deus me prometeu.
Dentro de mim
Tenciono a minha própria ruína
Construo um amor ideal
Calculo versos
Faço planos contínuos
Enquanto exagero no desejo
Forro a mesa de vidro
A espera de alguém
Que eu tanto procuro.
Despreendido ,dissimulo
A minha própria tristeza
Com um simplório sorriso no rosto.
Mas tudo passa
E a felicidade não chega.
A dor e o desafogo
São exemplos de um cotidiano complexo
Entre o tempo
Tudo tá para acontecer
A vida que tava registrada
São apagadas em um toque de dedos.
Antes que chova
Amanhã sei que nascerá
O sol com todo vigor
Mas sei que estarei
No corpo e na alma
bonito e feliz.








Walter Poeta











CABELO DURO

Eles falam do meu cabelo
Só porque tenho o cabelo duro
Todos me chamam de negão
Só porque sou mais escuro.

Eu sou negro
Zumbi dos palmares
Também sou guerreiro
Muhammed Ali.

Se o meu cabelo
É ruim meu brother
Ele faz parte de mim.

Ei meu brother
Não me leve a sério
Porque o meu cabelo
Não é o mistério.






Walter Poeta

DEVIL SONG

Eu vim andando pela estrada
Foi aí quando eu me deparei
Era quase duas da madrugada
Um cara esquisito encontrei.

Era um devil tomando uma pinga
Sentado na encruzilhada
Ele estava cantando
E bebendo feito um louco

E eu me aproximando
Lhe pedindo bem nervoso
Eu disse devil deixe um pouco pra mim
Porque quando eu não tomo um porre
Eu não consigo dormir

Eu disse devil deixa um pouco pra mim
Eu disse devil deixa um pouco pra mim....
Eu sei dos meus princípios
Mas não sei o meu fim
Em seguida ele me deu a resposta
Esse já é o seu fim.





Walter Poeta

SEMPRE JOPLIN (Para Silvia Tavares)

Hoje eu acordei mais cedo
E não tirei os pés do chão
Descobri a minha metade
Amiga,ás horas passam sem você
E nessa mundo o que eu mais quero
É que você seja mais feliz.

Eu sempre fui tão otimista
E entre os bons você é tudo
Nenhum pirata vai levar você
Amiga,você é o tesouro maior
E nessa vida o seu caminho vai ficar melhor.

Nossa metade é um bom amigo
Como do alto eu posso respirar
Você pra mim é um super herói
Sempre aprendendo e ouvindo o seu coração
E nesse vida eu canto em versos pra ti essa canção.

Me engrandece desde que te conheço
Você pode até não acreditar
Na minha cabeça você é sempre joplin
Amiga ,o tempo passa sem você
E nessa vida o que eu mais quero
É que esse mundo seje mais feliz.






Walter Poeta

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

JOGO DA VIDA

Não,não me chame de tola
E não dê gargalhadas
Nessa noite sombria
Nessas horas erradas.

Não me diga
O que eu devo fazer
E pra ser mais exata
A solidão é duas vezes mais chata.

Eu vejo cavalos alados cavalgando na noite
Minha alma imortal querendo me dizer
Que a lua nasce e morre lentamente
E as cartas mitológicas sobre
O destino não mentem.

Eu vejo a chama acesa da vida
E a vida morta virando cinza
Eu vejo um só deus no teu olhar
E vários anjos a nos espiar.

Agora peço abrigo
Para minha loucura
Peço perdão a esse imenso mar
Eu sei que a minha existência
Nesse terra é curta
E que a vida serve
Para nos ensinar.

Escuta o que as cartas vão te falar
Nesse jogo que a vida nos dar
Será que eu vou perder ou ganhar?




Walter Poeta





VAGANDO A TOA

As coisas não estão muito boa
Estou a toa
Esperando por você
A minha vida anda triste
E amargurada
Sigo nesse estrada sem saber porquê.

Sem teu amor,sem teu carinho
Vagueio ao mundo
Procurando um bem querer
E na beleza de uma flor
Encontrei espinhos
Ando tão sozinho só pensando em você.

E nos meus sonhos
Eu sempre vejo
Você comigo tão contente a mim beijar
A tua beleza é o meu aconchego
E o teu sorriso
É lindo de se admirar.

Amanheceu te vi tão linda
Você passou
Sem querer me enxergar
O dia passa a noite finda
Espero ainda
Um dia você me amar.

E nessa estrada
Por onde eu passo
O teu desprezo fez ferir meu coração
Sentindo a falta meu amor
Dos seus abraços
Foi pra você que eu fiz essa canção.







Walter Poeta e Benoni

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

PARÂMETROS DO TEMPO

Colinas sem fases
Feridas do tempo
Sentidos opacos
Que transparecem perdão.

O mel dos teus sonhos
Conclamam a verdade
de um mal coração
Que não sangra sozinho.

desejo o amor
sem tua liberdade
Mas a tua maldade
Não é o caminho.

O gosto tão acre
Me domina e condena
Qualquer sentimento
Me corrompe a tensão.

A alegria conspira
Com o ódio que me reprime
E a bondade nos revelam
Com a vontade de um desejo.

Eu quero ver as cores
Quero sair dessa escuridão
E ver nascer as flores
Plantada na maldição.

Eu quero ver as cores
Quero sair dessa escuridão
E poder sentir as flores
Sem causar uma provocação.






Walter poeta e kal

LOUCURAS INCONSEQUENTES

Eu sempre te falo
E você não me escuta
Que eu tenho um tesouro
Guardado dentro de mim
Também tenho planos
E se não me engano
Tenho uma estrela que me guia
Nas noites mais frias.

Eu tenho um mundo novo
E é diferente pra gente
Viver,crescer e se amar até morrer
Por que eu sou o teu homem
E você é minha mulher
Nos dias mais quentes
Loucuras inconsequentes.

Eu sempre te falo
E você não me escuta
Que fazemos amor
De uma maneira que única
Que o meu mundo vai ser sempre seu
Mas que daqui pra frente
Vai ser pra valer só eu e você.

Então me escuta e traz
Traga o seu corpo
E um pouco de carinho
É que o meu fogo
É um passo pro caminho
Que nos faz viver.





Walter Poeta e kal

CADA CABEÇA É UM MUNDO

Cada cabeça é um mundo
Minha cabeça é uma só
Pra que você não esqueça
Minha cabeça é um planeta.

Passou na minha cabeça
Tantas idéias banais
De explorar outros mundos
De outras cabeças iguais.

Passou na minha cabeça
De invadir um planeta
Com outras opiniões

Minha cabeça em segundos
Percorrem todos os mundos
E invade os corações.

Minha cabeça é um planeta
A vida em minha cabeça
Cada cabeça é um mundo
O mundo em minha cabeça
Minha cabeça é um planeta.






Walter Poeta e Salvino

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ACREDITAR OU NÃO ÉS A QUESTÃO?

Acredito nas cores que vejo
Acredito nas palavras que escrevo
Acredito que sou apenas um ser único
Entre esse universo.

Acredito nas minhas idéias
No pássaro que se diz livre no ar
No sol que faz sombra
Entre os galhos da árvore.

Acredito nos caminhos que percorri
Na fé que minha alma carrega
No amor que pode ser perigoso.
Acredito nas coisas que ainda vão existir
Acredito no que está diante dos meus olhos
No índio que vive solto no espaço
E no que sinto.

Acredito em Deus
Porque sinto a sua presença
Mas meu olhar nunca conseguiu enxergá-lo
Mais acredito.
Só não sei se ele mesmo
Estando longe acredita em mim.







Walter Poeta

segunda-feira, 25 de julho de 2011

SANTA BOEMIA

Pra quer dormir tão cedo
Se hoje a noite tudo está tão bem
Eu vou ficar
nem sempre tudo termina bem
E eu vou tentando
Me acostumar com você
E os seus erros.

Pense em nossos planos
Não custa nada me escutar
Só falo alto quando quero
Falar de mim pra você.

Não tente desistir
Fique mais um pouco
Há sempre uma solução
Quando chega ao fim.

E eu mergulho no seu amor
Mergulho fundo sem me afogar
E assim vou vivendo
Vou aprendendo com você
E assim sempre vai ser.





Walter Poeta

SÓ VOCÊ

O teu corpo
Me faz delirar
Os teus olhos me fascinam
O teu sorriso
É como a brisa
Que me faz sonhar.

Quando olho
Para ti
Sinto-me totalmente
Cálido com uma
Imensa vontade
de te dizer
Umas simples frases
Que te quero loucamente
E sempre irei te amar.





Walter Poeta

LEDA

Bom dia noite repentina
Como trouxeste cedo a madrugada
Fizeste o galo cantar sombreamente
E a aurora fugiu desesperada.

Caminhando com teus passos lentos
Carrega a traz de si o agora
Quando tens demora ou foges
Traz o teu ícaro lunático
No pensamento.

Leda.....
teu nome é a pura seda
Tua beleza é que faz
Todo homem feliz.






Walter Poeta e Alexandre De Lima

NADA

Nada além de mim
A não ser a música
Nada além de mim
A não ser um cântico
Nada é nada em nenhum lugar
De modo nenhum.

Nada de novo ali
A não ser os óculos
Nada no ar a não ser
A nave mãe
Nada no céu azul
A não ser as nuvens.

na madrugada nada tem
A não ser o frio
Perto de mim vejo surgir
As nuvens
E Lourdes na água azul
E Ju e os jovens
Na direção de um rio.

Nada ,nada
Na água da chuva
nada além de mim a não ser
A música.






Walter Poeta
Nada ,nada

PURA FANTASIA

Humildemente te amei
Em um mundo completamente
Diferente a esse
Em um mundo onde tudo era puro
A vida muito mais ainda
Todo mundo era feliz
Homens , mulheres e crianças
E cada pessoa
Em seu rosto existia
Uma esperança
Esperança de tudo
Esperança para amar
Amar sem destino
Sem plagiar o amor materno
Por que cada um tinha
Uma vida completa
Guardada no fundo do porão
Presidente não existia
Corruptos também não
Felicidade sim
Tristeza também não
O amor não era
Só desejo e sexo
Era o pão de cada dia
E eu te amei sem querer
Nesse mundo onde tudo era alegria
Nada era excesso
Era menos realidade
Era pura fantasia
Existia de tudo
Menos melancolia
Menos a pobreza
Por que ninguém suportaria
E eu te amei sem querer
Debaixo da sombra da árvore
Em plena luz do dia
Enquanto esse mundo
É a pura ilusão
O meu mundo é a pura fantasia.







Walter Poeta

SUA CASA

tenha mais cuidado
No que você vai falar
Nem todas as pessoas
Nasceram para querer o bem
Mas olhe firme ao seu redor
Vai perceber que o mal existe também.

Não maltrate a inocência de ninguém
E nem naufrague na poluição da terra
Deixe chover canivete
A chuva sempre passa
E o sol sempre aparece.

Não maltrate a sua casa
Por que essa é a sua casa
veja a sua família
Elas estão todas na praça
Agora saiba que não está só

Não maltrate a sua casa
E nem naufrague na poluição da terra
Eu vejo a sua família e
E ela querem ver o teu bem.








Walter Poeta

domingo, 24 de julho de 2011

QUERO BEBER O MEU ROCK N ROLL

Hoje não é o meu dia
Não tem mulher,bebida e rock n roll
Hoje nasceu mais um dia
E aqui na terra eu sei que nada mudou
Não posso andar sozinho
Por que sei vão me matar
A vida é traiçoeira
E ela que me exterminar
Não vejo outra saída
Mas corro tentando achar um abrigo
Pra quer perder meu tempo
Lutando contra o meu inimigo
Não tenho medo da morte
Só tenho medo da vida
Seria bem melhor
Se o mundo girasse ao contrário
E pra acabar com a solidão
Jack Daniels aos solitários
Obrigado meu bom deus
Pela sua ingratidão
Por ter alugado o céu
Se esquecendo desse chão.









Walter Poeta

LÓGICA

A máquina sem óleo enferruja
O computador não sente dor
O que seria do homem sem o amor?
A noite quem não dorme é a coruja
O carro não anda sem o motor
O que seria se uma mão fosse suja?
Os dentes são o nosso cartão postal
A vida nunca teve sete vidas
O que seria se o ovo não fosse oval?
A morte tem a sua obrigação
A geladeira é a nossa própria barriga
A terra é a nossa casa sem janela
E o que seria se o peito não tivesse o coração?
No tempo todo mundo tem o seu passado
E o presente sempre tem medo do futuro
O que seria se no mar não tivesse o tubarão?
A comida só é boa na panela
O quadro sempre tem a sua cor
O paraíso todo mundo quase espera
O que seria do beija-flor sem a flor?
O sol sempre foi o nosso astro
A lua permanecerá sempre nua
A cabeça é maior que o cemitério
E o que seria se o cavalo não comesse mais o pasto?
A moto terá sempre o seu motor
O padre fará sempre as orações
A mulher é quem faz a procriação
O que seria do homem sem o computador?
As células sempre tem a sua história
O universo tem vários tipos de planetas
E o que seria do cérebro sem a memória?
As crianças são o futuro da nação
O corpo é o cárcere da alma
A ciência sempre é um quebra cabeça
E o que seria da selva sem o leão?
O passado tem a sua regressão
Na vida todo mundo acredita
A tinta é a única amiga da caneta
A saudade sempre sente a sua dor
E o que seria se a lagarta não virasse borboleta?
O tempo é o relógio da vida
A solidão nunca foi muito amiga
Os humanos sempre foi incompetentes
A noite nunca deixou de ficar sozinha
O que seria das formigas sem a rainha?
Lá embaixo o mar é agitado
E na vida tudo tem o seu momento
O relógio sem a pilha não trabalha
O que seria se não existisse o passado?
A caneta sem a tinta não escreve
O galo lá fora canta mais alto
Na igreja todo mundo tem a sua glória
Mas o que seria dos livros
Se não tivesse história?










Walter Poeta

NAVEGANTE

Eu sou um navegador
Navegante sim senhor
Viajo sobre essas águas
Por que o mar é o meu amor.

Seguindo viagem eu vou
Na noite de lua cheia
Quando o mar se acalmar
Vou ouvir o canto da sereia.

Maré alta,maré baixa
As vezes tem maré cheia
E no balanço do mar
O mar joga as conchas na areia.

Nesse imenso mar navego
Dia e noite,noite e dia
E na escuridão da noite
As estrelas são minha guia.

Seguindo no mar eu vou
No fundo do alto mar
Vou fazendo a minha prece
Pra canoa não virar.






Walter Poeta

INFELIZ PÁSCOA

Partiste minha mãe
E no momento em que você partiu
Foi se partindo aos poucos o meu coração
Deixando uma imensa dor no meu peito
Mas aprendi aos poucos contigo
O pouco que a vida te ensinou
Hoje meus olhos não enchergam
Mais a tua máteria pelo canto da casa
Mas sentirei presente sempre
O teu espírito comigo.
E na memória eu guardarei
As lembranças,as recordações
E a saudade mais sentindo na boca
O gostinho do café quente
Que você sempre fazia.



Walter Poeta
15.04.09

PELA ESTAÇÀO

Guardo a tua imagem
E as tuas lágrimas
Dentro do bolso do paletó
Vou a estação pegar aquele trem
Nessa sexta-feira de sol.

Vou com aquela roupa
Que você me deu
No dia do meu aniversário
E aquele sapato que você escolheu
Que faz tempo que Guardei no armário.

Olho pro relógio
E vejo a hora passar
E eu preciso muito correr
Você é o presente que a vida me deu
Por isso que hoje quero te ver.

Em todos momentos
Na estrada em cada porto
Em cada pensamento
tem um mundo sempre mais novo.

Quando eu chegar
Você vai ter que entender
Que você faz parte de um coração
Te dar um beijo ávido que ainda não dei
E voltar pra casa pela estação.

Mas se por acaso esse term não passar
Eu vou voltar pela mesma estrada
Pois fiquei sabendo que o maquinista
Também foi visitar a namorada.






Walter Poeta

NO ALTO DA MONTANHA

Eu escalei a montanha
E no alto bem forte eu gritei
Pra você a mais pura verdade
De alguém que quer ser mais feliz

Somente o amor
É capaz de curar esse medo
Que sempre vem nos perturbar
Sem nada para oferecer

É como as luzes
Que ilumina uma grande cidade
Com a paz e a felicidade
Que sempre vai nos refletir.

Cada manhã que cai
É uma nova esperança que fica
Que a humanidade não sabe explicar
A verdadeira saída.

Há tantas grandezas
Que poucos sabem apreciar
No seu justo valor
Sem a liberdade da vida.

Se você souber ouvir
O silêncio de seu coração
Não vai se perder na harmonia
Das notas de uma canção.

É preciso entender
Que com o sopro se faz o fogo
E com um sopro o fogo se apaga
Aprendendo ganhar pra sobreviver.








Walter Poeta

PAZ,SOSSEGO E GRAVATÁ

Um pouco de alegria
Um pedaço de desejo
No sertão a luz do dia
O amanhã nasceu mais cedo.

Carros passam no asfalto
Na vida tem a tristeza
urubu voa alto
Esperando a sobremesa.

A cidade é mais distante
Na estrada só vê poeira
A fé é mais importante
Nessa vida traiçoeira.

Gravatá só tem paisagem
mato verde,paz sossego
na noite rãs que pulam
Tem coruja,rato e até morcego.

Mulheres lindas se assustam
Tem pavor e muito medo
A lua que aparece de dia
Conseguiu sair mais cedo.

O vento que vem de longe
Entra na janela do quarto
trazendo o cheiro bom do eucalípto
O cheiro da terra e do mato.

Homens trabalhando na estrada
Carros passam no asfalto
De longe o vento traz a pureza
urubu continua voar no alto
Esperando a sobremesa.






Walter Poeta

sábado, 23 de julho de 2011

DESCONHECIDO

Eu estou vivo
E em todos os lugares que eu vou
Eu sinto a morte perto de mim
Olho pro lado,
Olho pro outro
E em voz baixa eu reclamo
Deixe-me em paz
Não sei o seu nome
Quem é você?
Não tem outra roupa
Melhor que essa?
Por favor larga essa foice
Pelo amor de deus!
Por que queres ver o meu
Velório tão cedo?
Deixe-me em paz
Não quero ser um tal defunto
E nem um morto triste
Quero curtir a juventude
Fazer a prosa e a poesia
Eu quero viver um pouco
Nesse mundo caloroso
Deixe-me em paz
Meus poemas precisam de mim
E da minha inspiração
Deixe-me em paz
Mal sei respirar
mal eu conheço a fadiga
Do meu corpo
E não experimentei
O amor ainda
Deixe-me em paz
Não tenho culpa de ser pecador
Não tenho culpa de ser triste
E tu queres
Ver as minhas flores
Assim tão cedo?
Deixe-me em paz
Eu sei que trabalho
Mas eu não tenho
Ainda o dinheiro
Suficiente para
Comprar o meu caixão.







Walter Poeta

CANÇÃO DO VENTO

Essa é minha casa nova
Essa é minha grande família
Amanhã sairei mais cedo
Eu, meu filho e minha filha.

Eu vou com o meu novo casaco
Andar nas ruas e avenidas
E agradecer a deus de ter dado
A paz que invadiu a minha vida.

Eu vou mais volto
Eu vou mais volto
E avisa que eu não vou demorar

Eu volto com a esperança nova
Assim quando morrer o dia
Com a fé cansada pelo tempo
Trazendo a minha alegria.

Me aqueço e não consigo esquecer
Que o tempo sempre passa correndo
Ouço uma canção muito longe
Uma canção trazida do vento.

Eu volto com o meu novo carro
Eu meu filho e minha filha
Quero chegar bem sossegado
E dar uma abraço na família.







Walter Poeta

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O TREM ERRADO

Quando eu era mais jovem
Eu decidi sair de casa
Falei pra minha mãe
Vou viver nova jornada
agora eu cresci e pensando direito
O amor que eu me iludi
Hoje não vivi no meu peito.

Eu posso perder a calma
mas minha razão não

Eu era muito triste
E feliz e não sabia
A mulher que eu perdi me enganava todo dia
Quando eu descobri eu não sai perdendo
A felicidade está dentro de nós mesmo
Vou encontrar alguém
Só pra viver do meu lado.

A vida me ensinou
Que ninguém vive sozinho
Nessa estação eu errei o meu caminho
Agora eu aprendi que com o amor não tenho pressa
Um dia a gente erra
Outro dia a gente acerta
E quem consegui desistir
É sempre um derrotado.

Eu peguei o trem errado
E parei na estação
Na estação desconsolado.






Walter Poeta

NA GANDAIA

Pode o orbe explodir
E o navio do porto afundar
E a bomba atômica cair
Cair no céu e desabar.

Pode as estrela sumir
Dese céu e viajar
Pode o oceano secar
A camada de ozônio se abrir
E o dilúvio chegar
Pode um óvni vir
Nessa terra e pousar.

Pode a chuva cair
Quando o inverno chegar
Pode um raio na noite cair
No galho da árvore e quebrar
Pode o vento forte soprar
O barco a vela no mar
Pode o fogo queimar
A letra dessa canção
Pode a morte insistir
Mas eu não vou está aqui.

Pode até me xingar
Quebrar a taça e sair
Se arrepender e voltar
Cair da escada e sorrir
Pode até me matar
Mas eu não vou está aqui.

Por que eu vou está na gandaia.












Walter Poeta

PAPAI NOEL DISFARÇADO

Quando eu vejo algum barbudo
Passeando pelas ruas
lembro das crianças surjas
Que estão dentro das favelas
Passam fome que só elas
Sabem como é que passam
Não desejo um bom natal
Por que eu não vejo graça
Esse velhinho
Não tem casa e não tem identidade
É apenas um disfarçado
Iludindo a humanidade
Se a maior perversidade
Não está no coração
Apareça nesse céu meu caro papai noel
Vem morar no meu país
Que tem ordem e proguesso
Por que desde que nasci
Eu só vejo regresso
Não desejo um ano novo
Cheio de felicidade
Todo ano uma dor no ovo
Isso já virou uma praxe.






Walter Poeta

PARA UM PEQUENO AMIGO

Renan meu amigo
Tu és um menino
um menino treloso
Pisaste na rã
Em cima de um toco
Puxaste minha orelha
E o rabo do porco.

Menino danado
Um pouco teimoso
Porém muito amado
Nos braços do povo.

Menino esperto
Também carinhoso
Um pouco incorreto
Um pouco buliçoso.

Menino bonito
Com um lindo sorriso
Mas matou um mosquito
Na hora do almoço.

Renan que muito não fala
Também compreendo
Que é mais um menino
Que está programado
Só pra dizer bala.






Walter Poeta


















Também compree

OS OLHOS DE UM GAVIÃO

No meu sertão
Falta água para o chão
Falta a mulher amada
Pra conquistar meu coração.

Meu coração
Faz tempo que vive sozinho
Só o canto de um passarinho
Pra acalmar a solidão.

Minha solidão
S se compara com o sertão
Tem cactos e tem espinhos
E de noite na madrugada
Vagalumes voam em vão
De dia cobra e tatu dão cria
Aos olhos de um gavião.

E o gavião
Está com fome e cansado
Vê cumprindo sua missão
Sem perder a esperança
Ele procura um pobre rato
Para sua refeição.

E o pobre rato
Nunca mais apareceu
pois o queijo suíço
Ele nunca mereceu
Mas seu destino deus traçou
Fez o gato para comer o rato
E o gato a cobra do mato picou.

Lá em cima um gavião exausto
Com fome observou a situação
Viu o sol castigando a terra
A terra árida do sertão
Percebendo que a coisa estava braba
Gavião bateu as asas
E foi caçar em outra região.











Walter Poeta

EMBARAÇO

A vida é um embaraço
Nos cabelos de rapunzel
É o dedo e o anel
O chapéu do camponês
Somos nós e são vocês
O cachorro caçador
Salário de fim de mês
Da garrucha o gatilho
De maria seus dez filhos
De joão seus dezesseis
É a faca amolada
na cintura do vaqueiro
Um bezerro correndo ligeiro
Na cerca da vaquejada
É a foice e a enxada
De um povo infeliz
A mão cheia de calo
Mostrando a deus a cicatriz
Somos nós e são vocês
O veneno da serpente
A raposa feroz e valente
Na seca mais uma vez
Pode ver meu pobre amigo
Os pés rachados sobre o chão
Um homem sossegado dormindo
Na madeira do caixão
É o vento,a folha morta
Poeira dentro da cacimba
No pescoço pendurado
Um terço de padre Romão
Os olhos vivos da coruja
Um sabiá fazendo o ninho
Na caatinga do sertão
É a morte e a navalha
casebre coberto de palha
Fogueira fazendo clarão
Somos nós e são vocês
Um urubu sujo e sanguinário
Atacando a sua preza
Devorando um lobo solitário
É serra e o vazio
O caminho dentro do rio
O canto triste do canário
Quem sou eu?quem são vocês?
O nó da forca ou a guilhotina
O buco seco da menina
Um cego enxergando a luz
Vendo a fome como sina
É um sonho é um traço
o suor e o cansaço
No embaraço da vida.





Walter Poeta e Benoni codácio

SERTÃO

No sertão
O sol quente de manhã cedo
Mandacaru com flor nascendo
A seca que mete medo
mato verde na terra morrendo.

Caminhando com os pés no chão
Calo seco debaixo do dedo
Fome nos olhos de um gavião
lenda que é segredo.

O candeeiro continua aceso
De ontem que virou hoje
Por dentro me sinto prezo
Feito um pássaro que longe vejo.

No lugar que vivo agora
Pão e água é o meu desejo
A noite não me apavoro
A rede é o meu sossego.

Pensando de madrugada
Dos espinhos na flor nascendo
Nessa vida chata e ingrata
O urubu lá fora sobrevivendo.

Valei-me meu deus que anda nos vendo
No derradeiro dessa noite mansa
O diabo anda solto ao meu lado
Vendo o outro alí morrendo.







Walter Poeta

ILUSÃO

Eu pensei que o nosso amor
Fosse eterno
Mas tudo passou
De uma grande ilusão
Eu te dei o meu coração
Em todos momentos
Mas você não quis
E me jogou de encontra ao vento

Que vem,
Tão forte como
Era o nosso amor
Que vem,
Só para me dizer
Que posso ser feliz
Longe de ti
Que vem,
Para levar de vez
A minha solidão
Pra um outro lugar
Estou abrindo a porta
Do meu coração
Para um novo amor entrar.




Walter Poeta

segunda-feira, 18 de julho de 2011

VIAGEM

Eu quero falar com os duendes
Acender um incenso
Que vem dessas árvores
Pra espantar todo mal

Me deixe seguir o meu caminho
Me encontrar com as fadas
Que sempre existiram
E que tem o poder sobrenatural

Eu quero voar com as bruxas
Que sempre nos vigia
Voar pelo o mundo
Fazendo bruxaria

Eu quero falar com os anjos
Para me proteger
Errar nessa vida
Pra depois entender

Eu quero esquecer esse mundo
Como eu sempre quis
Amar quem me ama
E ter a certeza que vou ser é feliz

Eu vou caminhar nessa noite
Pela mesma estrada
Beber com a morte
Que vive na vida e na encruzilhada

Eu quero a paz nessa vida
Um mundo sem guerra
Um futuro mais novo
Com a nova era.








Walter Poeta

O CORPO

Os dedos da mão
em cada mão.
Os dedos dos pés
em cada pé.
A palma do pé
anda no chão.
Os braços ficam
pendurados no corpo.
O corpo fica no alto
ás vezes fica em baixo.
O corpo fica cansado
quando está indisposto
É frágil toda parte do corpo
quando tá meio torto.
O pescoço quem segura é o corpo
A cabeça quem segura é o pescoço
O corpo finge quando está morto
na hora de dormir
Mas morto é aquele
que não tem as mãos,
os dedos,
a língua,
a cabeça e o pescoço.







Walter Poeta

ANJO

Vejo um anjo no céu
vejo um anjo no mar
vejo um anjo brilhando
No fundo do teu olhar

Vejo um anjo na noite
vejo um anjo vagando
vejo um anjo luzindo
Vejo um anjo dançando

vejo um anjo de deus
vejo um anjo cantando
Vejo um anjo alegre
vejo um anjo brincando







Walter Poeta

ANJO DE DEUS

Abril de 200

Algumas coisas
Se tornam difíceis nesse momento
Não consigo dá um nó na gravata
Atacar os botões da camisa.
Paciente,
Observo como a vida é mais
Difícil do que viver.
Falar é mais fácil
Quando tudo está melhor.
Enquanto pássaros voam contra o vento
Sou a favor do destino
Espio cada minuto que passa
Fico quieto a espera de um fato
Qualquer acontecimento que mude
A minha existência.
Mas a minha idade,
Tem tudo haver com o meu rosto
As árvores crescem de acordo com o tempo
E novamente me vejo
Crescer diante de um espelho
Antes disso,
Duas crianças nascem no mesmo mês
Os anjos festejam com boas vindas
Agora posso falar,gritar
Falar mais de dois palavrões
Depois faço sinal com a fumaça
De um cigarro nas ponta dos dedos
Tentando me entreter dessa vida
Que talvez eu mereça
Nesse mês de abril




Walter Poeta

FOGO AOS LENÇOIS

deixe-me perder a cabeça
beijando a sua boca gelada
Lamber ardentemente os teus dedos
Sentir as tuas unhas afiadas

Faça com que sua língua atrevida
Fique mais um pouco indecente
Que o seu orgasmo sejá múltiplo e explosivo
Vendo você deslizar a cabeça até o meu pênis

Quero te levar ao delírio
E te ver toda aberta na cama
Explorar cada parte do teu corpo
Pra você ter uma estimulação clitoriana

Quero me contorcer de prazer
Colocando a minha língua na tua boca
Te penetrar em questão de segundos
Só para te ver excitada parecendo uma louca

Quando estivermos no auge da transa
Quero te beijar os teus ombros e seios
Só pra ver subir até as paredes
E entregarmos o nosso amor ao devaneio

Depois que chegarmos ao orgasmo
descansaremos para abaixar o nosso fogo
Esperaremos apenas uns doze minutos
E a nossa loucura começará tudo de novo








Walter Poeta

sexta-feira, 8 de julho de 2011

ESPERANÇA SERTANEJA

A tarde chega a noite logo escurece
Vou fazer aquela prece para o meu santo protetor
Pedindo a ele muita água muita fartura
Acendo uma maço de velas pro meu povo sofredor

A seca é braba o carcará é traiçoeiro
Pega a sua preza e mata pra poder soberviver
E a vela queima nos pés do meu santo forte
Na rede velha eu balanço vendo a hora amanhecer


Quando amanhece a vela está apagada
O galo canta lá fora acorda a fé do meu povo
Calço o chinelo lavo o rosto pego a enxada
E quando eu volto pra casa faço minha a prece de novo.







WALTER POETA

CANÇÃO SEM NOTA

Uma pequena canção uma pedra
Uma pequena ilha deserta
Um coração pequeno
Uma vida
Uma lágrima na rua perdida

Na direção da rua um corpo
Mas é corpo que fica em cima da terra
A minha sombra é que faz
sombra pra ela
A morte que não vejo me espera
Enquanto espero uma canção
Em outra vida.

sábado, 26 de março de 2011

TENHO FÉ

Tenho fé
da camada de ozônio fechar
das pessoas não falar
mais palavrões
da esperança ter esperança
do ódio amar a raiva
dos políticos nunca mais roubar.

Tenho fé
do rico dividir com o pobre
do pobre não falar mal do rico
da vizinha nunca mais fuxicar
da queda nunca mais cair
da morte não levar a vida

domingo, 20 de março de 2011

SEJAM BEM VINDOS!

venham amigos!
entrem em minha casa
gritem,quebrem garrafas
de cervejas e subam na mesa
Recitem poemas,poesias
falem de políticas e novelas
E assim eu ouvirei

Venham amigos!
pisem no tapete
vomitem em minha cama
falem palavrões,dancem,
Risquem na parede
adoeçam...
Tem remédios,aguá e copos
E só assim eu compreenderei

Agora só não fale da minha esposa
só não reclame com a minha mãe
mas podem até me xingar
Mas sejam bem vindos!






Walter Poeta