segunda-feira, 25 de julho de 2011

SANTA BOEMIA

Pra quer dormir tão cedo
Se hoje a noite tudo está tão bem
Eu vou ficar
nem sempre tudo termina bem
E eu vou tentando
Me acostumar com você
E os seus erros.

Pense em nossos planos
Não custa nada me escutar
Só falo alto quando quero
Falar de mim pra você.

Não tente desistir
Fique mais um pouco
Há sempre uma solução
Quando chega ao fim.

E eu mergulho no seu amor
Mergulho fundo sem me afogar
E assim vou vivendo
Vou aprendendo com você
E assim sempre vai ser.





Walter Poeta

SÓ VOCÊ

O teu corpo
Me faz delirar
Os teus olhos me fascinam
O teu sorriso
É como a brisa
Que me faz sonhar.

Quando olho
Para ti
Sinto-me totalmente
Cálido com uma
Imensa vontade
de te dizer
Umas simples frases
Que te quero loucamente
E sempre irei te amar.





Walter Poeta

LEDA

Bom dia noite repentina
Como trouxeste cedo a madrugada
Fizeste o galo cantar sombreamente
E a aurora fugiu desesperada.

Caminhando com teus passos lentos
Carrega a traz de si o agora
Quando tens demora ou foges
Traz o teu ícaro lunático
No pensamento.

Leda.....
teu nome é a pura seda
Tua beleza é que faz
Todo homem feliz.






Walter Poeta e Alexandre De Lima

NADA

Nada além de mim
A não ser a música
Nada além de mim
A não ser um cântico
Nada é nada em nenhum lugar
De modo nenhum.

Nada de novo ali
A não ser os óculos
Nada no ar a não ser
A nave mãe
Nada no céu azul
A não ser as nuvens.

na madrugada nada tem
A não ser o frio
Perto de mim vejo surgir
As nuvens
E Lourdes na água azul
E Ju e os jovens
Na direção de um rio.

Nada ,nada
Na água da chuva
nada além de mim a não ser
A música.






Walter Poeta
Nada ,nada

PURA FANTASIA

Humildemente te amei
Em um mundo completamente
Diferente a esse
Em um mundo onde tudo era puro
A vida muito mais ainda
Todo mundo era feliz
Homens , mulheres e crianças
E cada pessoa
Em seu rosto existia
Uma esperança
Esperança de tudo
Esperança para amar
Amar sem destino
Sem plagiar o amor materno
Por que cada um tinha
Uma vida completa
Guardada no fundo do porão
Presidente não existia
Corruptos também não
Felicidade sim
Tristeza também não
O amor não era
Só desejo e sexo
Era o pão de cada dia
E eu te amei sem querer
Nesse mundo onde tudo era alegria
Nada era excesso
Era menos realidade
Era pura fantasia
Existia de tudo
Menos melancolia
Menos a pobreza
Por que ninguém suportaria
E eu te amei sem querer
Debaixo da sombra da árvore
Em plena luz do dia
Enquanto esse mundo
É a pura ilusão
O meu mundo é a pura fantasia.







Walter Poeta

SUA CASA

tenha mais cuidado
No que você vai falar
Nem todas as pessoas
Nasceram para querer o bem
Mas olhe firme ao seu redor
Vai perceber que o mal existe também.

Não maltrate a inocência de ninguém
E nem naufrague na poluição da terra
Deixe chover canivete
A chuva sempre passa
E o sol sempre aparece.

Não maltrate a sua casa
Por que essa é a sua casa
veja a sua família
Elas estão todas na praça
Agora saiba que não está só

Não maltrate a sua casa
E nem naufrague na poluição da terra
Eu vejo a sua família e
E ela querem ver o teu bem.








Walter Poeta

domingo, 24 de julho de 2011

QUERO BEBER O MEU ROCK N ROLL

Hoje não é o meu dia
Não tem mulher,bebida e rock n roll
Hoje nasceu mais um dia
E aqui na terra eu sei que nada mudou
Não posso andar sozinho
Por que sei vão me matar
A vida é traiçoeira
E ela que me exterminar
Não vejo outra saída
Mas corro tentando achar um abrigo
Pra quer perder meu tempo
Lutando contra o meu inimigo
Não tenho medo da morte
Só tenho medo da vida
Seria bem melhor
Se o mundo girasse ao contrário
E pra acabar com a solidão
Jack Daniels aos solitários
Obrigado meu bom deus
Pela sua ingratidão
Por ter alugado o céu
Se esquecendo desse chão.









Walter Poeta

LÓGICA

A máquina sem óleo enferruja
O computador não sente dor
O que seria do homem sem o amor?
A noite quem não dorme é a coruja
O carro não anda sem o motor
O que seria se uma mão fosse suja?
Os dentes são o nosso cartão postal
A vida nunca teve sete vidas
O que seria se o ovo não fosse oval?
A morte tem a sua obrigação
A geladeira é a nossa própria barriga
A terra é a nossa casa sem janela
E o que seria se o peito não tivesse o coração?
No tempo todo mundo tem o seu passado
E o presente sempre tem medo do futuro
O que seria se no mar não tivesse o tubarão?
A comida só é boa na panela
O quadro sempre tem a sua cor
O paraíso todo mundo quase espera
O que seria do beija-flor sem a flor?
O sol sempre foi o nosso astro
A lua permanecerá sempre nua
A cabeça é maior que o cemitério
E o que seria se o cavalo não comesse mais o pasto?
A moto terá sempre o seu motor
O padre fará sempre as orações
A mulher é quem faz a procriação
O que seria do homem sem o computador?
As células sempre tem a sua história
O universo tem vários tipos de planetas
E o que seria do cérebro sem a memória?
As crianças são o futuro da nação
O corpo é o cárcere da alma
A ciência sempre é um quebra cabeça
E o que seria da selva sem o leão?
O passado tem a sua regressão
Na vida todo mundo acredita
A tinta é a única amiga da caneta
A saudade sempre sente a sua dor
E o que seria se a lagarta não virasse borboleta?
O tempo é o relógio da vida
A solidão nunca foi muito amiga
Os humanos sempre foi incompetentes
A noite nunca deixou de ficar sozinha
O que seria das formigas sem a rainha?
Lá embaixo o mar é agitado
E na vida tudo tem o seu momento
O relógio sem a pilha não trabalha
O que seria se não existisse o passado?
A caneta sem a tinta não escreve
O galo lá fora canta mais alto
Na igreja todo mundo tem a sua glória
Mas o que seria dos livros
Se não tivesse história?










Walter Poeta

NAVEGANTE

Eu sou um navegador
Navegante sim senhor
Viajo sobre essas águas
Por que o mar é o meu amor.

Seguindo viagem eu vou
Na noite de lua cheia
Quando o mar se acalmar
Vou ouvir o canto da sereia.

Maré alta,maré baixa
As vezes tem maré cheia
E no balanço do mar
O mar joga as conchas na areia.

Nesse imenso mar navego
Dia e noite,noite e dia
E na escuridão da noite
As estrelas são minha guia.

Seguindo no mar eu vou
No fundo do alto mar
Vou fazendo a minha prece
Pra canoa não virar.






Walter Poeta

INFELIZ PÁSCOA

Partiste minha mãe
E no momento em que você partiu
Foi se partindo aos poucos o meu coração
Deixando uma imensa dor no meu peito
Mas aprendi aos poucos contigo
O pouco que a vida te ensinou
Hoje meus olhos não enchergam
Mais a tua máteria pelo canto da casa
Mas sentirei presente sempre
O teu espírito comigo.
E na memória eu guardarei
As lembranças,as recordações
E a saudade mais sentindo na boca
O gostinho do café quente
Que você sempre fazia.



Walter Poeta
15.04.09

PELA ESTAÇÀO

Guardo a tua imagem
E as tuas lágrimas
Dentro do bolso do paletó
Vou a estação pegar aquele trem
Nessa sexta-feira de sol.

Vou com aquela roupa
Que você me deu
No dia do meu aniversário
E aquele sapato que você escolheu
Que faz tempo que Guardei no armário.

Olho pro relógio
E vejo a hora passar
E eu preciso muito correr
Você é o presente que a vida me deu
Por isso que hoje quero te ver.

Em todos momentos
Na estrada em cada porto
Em cada pensamento
tem um mundo sempre mais novo.

Quando eu chegar
Você vai ter que entender
Que você faz parte de um coração
Te dar um beijo ávido que ainda não dei
E voltar pra casa pela estação.

Mas se por acaso esse term não passar
Eu vou voltar pela mesma estrada
Pois fiquei sabendo que o maquinista
Também foi visitar a namorada.






Walter Poeta

NO ALTO DA MONTANHA

Eu escalei a montanha
E no alto bem forte eu gritei
Pra você a mais pura verdade
De alguém que quer ser mais feliz

Somente o amor
É capaz de curar esse medo
Que sempre vem nos perturbar
Sem nada para oferecer

É como as luzes
Que ilumina uma grande cidade
Com a paz e a felicidade
Que sempre vai nos refletir.

Cada manhã que cai
É uma nova esperança que fica
Que a humanidade não sabe explicar
A verdadeira saída.

Há tantas grandezas
Que poucos sabem apreciar
No seu justo valor
Sem a liberdade da vida.

Se você souber ouvir
O silêncio de seu coração
Não vai se perder na harmonia
Das notas de uma canção.

É preciso entender
Que com o sopro se faz o fogo
E com um sopro o fogo se apaga
Aprendendo ganhar pra sobreviver.








Walter Poeta

PAZ,SOSSEGO E GRAVATÁ

Um pouco de alegria
Um pedaço de desejo
No sertão a luz do dia
O amanhã nasceu mais cedo.

Carros passam no asfalto
Na vida tem a tristeza
urubu voa alto
Esperando a sobremesa.

A cidade é mais distante
Na estrada só vê poeira
A fé é mais importante
Nessa vida traiçoeira.

Gravatá só tem paisagem
mato verde,paz sossego
na noite rãs que pulam
Tem coruja,rato e até morcego.

Mulheres lindas se assustam
Tem pavor e muito medo
A lua que aparece de dia
Conseguiu sair mais cedo.

O vento que vem de longe
Entra na janela do quarto
trazendo o cheiro bom do eucalípto
O cheiro da terra e do mato.

Homens trabalhando na estrada
Carros passam no asfalto
De longe o vento traz a pureza
urubu continua voar no alto
Esperando a sobremesa.






Walter Poeta

sábado, 23 de julho de 2011

DESCONHECIDO

Eu estou vivo
E em todos os lugares que eu vou
Eu sinto a morte perto de mim
Olho pro lado,
Olho pro outro
E em voz baixa eu reclamo
Deixe-me em paz
Não sei o seu nome
Quem é você?
Não tem outra roupa
Melhor que essa?
Por favor larga essa foice
Pelo amor de deus!
Por que queres ver o meu
Velório tão cedo?
Deixe-me em paz
Não quero ser um tal defunto
E nem um morto triste
Quero curtir a juventude
Fazer a prosa e a poesia
Eu quero viver um pouco
Nesse mundo caloroso
Deixe-me em paz
Meus poemas precisam de mim
E da minha inspiração
Deixe-me em paz
Mal sei respirar
mal eu conheço a fadiga
Do meu corpo
E não experimentei
O amor ainda
Deixe-me em paz
Não tenho culpa de ser pecador
Não tenho culpa de ser triste
E tu queres
Ver as minhas flores
Assim tão cedo?
Deixe-me em paz
Eu sei que trabalho
Mas eu não tenho
Ainda o dinheiro
Suficiente para
Comprar o meu caixão.







Walter Poeta

CANÇÃO DO VENTO

Essa é minha casa nova
Essa é minha grande família
Amanhã sairei mais cedo
Eu, meu filho e minha filha.

Eu vou com o meu novo casaco
Andar nas ruas e avenidas
E agradecer a deus de ter dado
A paz que invadiu a minha vida.

Eu vou mais volto
Eu vou mais volto
E avisa que eu não vou demorar

Eu volto com a esperança nova
Assim quando morrer o dia
Com a fé cansada pelo tempo
Trazendo a minha alegria.

Me aqueço e não consigo esquecer
Que o tempo sempre passa correndo
Ouço uma canção muito longe
Uma canção trazida do vento.

Eu volto com o meu novo carro
Eu meu filho e minha filha
Quero chegar bem sossegado
E dar uma abraço na família.







Walter Poeta

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O TREM ERRADO

Quando eu era mais jovem
Eu decidi sair de casa
Falei pra minha mãe
Vou viver nova jornada
agora eu cresci e pensando direito
O amor que eu me iludi
Hoje não vivi no meu peito.

Eu posso perder a calma
mas minha razão não

Eu era muito triste
E feliz e não sabia
A mulher que eu perdi me enganava todo dia
Quando eu descobri eu não sai perdendo
A felicidade está dentro de nós mesmo
Vou encontrar alguém
Só pra viver do meu lado.

A vida me ensinou
Que ninguém vive sozinho
Nessa estação eu errei o meu caminho
Agora eu aprendi que com o amor não tenho pressa
Um dia a gente erra
Outro dia a gente acerta
E quem consegui desistir
É sempre um derrotado.

Eu peguei o trem errado
E parei na estação
Na estação desconsolado.






Walter Poeta

NA GANDAIA

Pode o orbe explodir
E o navio do porto afundar
E a bomba atômica cair
Cair no céu e desabar.

Pode as estrela sumir
Dese céu e viajar
Pode o oceano secar
A camada de ozônio se abrir
E o dilúvio chegar
Pode um óvni vir
Nessa terra e pousar.

Pode a chuva cair
Quando o inverno chegar
Pode um raio na noite cair
No galho da árvore e quebrar
Pode o vento forte soprar
O barco a vela no mar
Pode o fogo queimar
A letra dessa canção
Pode a morte insistir
Mas eu não vou está aqui.

Pode até me xingar
Quebrar a taça e sair
Se arrepender e voltar
Cair da escada e sorrir
Pode até me matar
Mas eu não vou está aqui.

Por que eu vou está na gandaia.












Walter Poeta

PAPAI NOEL DISFARÇADO

Quando eu vejo algum barbudo
Passeando pelas ruas
lembro das crianças surjas
Que estão dentro das favelas
Passam fome que só elas
Sabem como é que passam
Não desejo um bom natal
Por que eu não vejo graça
Esse velhinho
Não tem casa e não tem identidade
É apenas um disfarçado
Iludindo a humanidade
Se a maior perversidade
Não está no coração
Apareça nesse céu meu caro papai noel
Vem morar no meu país
Que tem ordem e proguesso
Por que desde que nasci
Eu só vejo regresso
Não desejo um ano novo
Cheio de felicidade
Todo ano uma dor no ovo
Isso já virou uma praxe.






Walter Poeta

PARA UM PEQUENO AMIGO

Renan meu amigo
Tu és um menino
um menino treloso
Pisaste na rã
Em cima de um toco
Puxaste minha orelha
E o rabo do porco.

Menino danado
Um pouco teimoso
Porém muito amado
Nos braços do povo.

Menino esperto
Também carinhoso
Um pouco incorreto
Um pouco buliçoso.

Menino bonito
Com um lindo sorriso
Mas matou um mosquito
Na hora do almoço.

Renan que muito não fala
Também compreendo
Que é mais um menino
Que está programado
Só pra dizer bala.






Walter Poeta


















Também compree

OS OLHOS DE UM GAVIÃO

No meu sertão
Falta água para o chão
Falta a mulher amada
Pra conquistar meu coração.

Meu coração
Faz tempo que vive sozinho
Só o canto de um passarinho
Pra acalmar a solidão.

Minha solidão
S se compara com o sertão
Tem cactos e tem espinhos
E de noite na madrugada
Vagalumes voam em vão
De dia cobra e tatu dão cria
Aos olhos de um gavião.

E o gavião
Está com fome e cansado
Vê cumprindo sua missão
Sem perder a esperança
Ele procura um pobre rato
Para sua refeição.

E o pobre rato
Nunca mais apareceu
pois o queijo suíço
Ele nunca mereceu
Mas seu destino deus traçou
Fez o gato para comer o rato
E o gato a cobra do mato picou.

Lá em cima um gavião exausto
Com fome observou a situação
Viu o sol castigando a terra
A terra árida do sertão
Percebendo que a coisa estava braba
Gavião bateu as asas
E foi caçar em outra região.











Walter Poeta

EMBARAÇO

A vida é um embaraço
Nos cabelos de rapunzel
É o dedo e o anel
O chapéu do camponês
Somos nós e são vocês
O cachorro caçador
Salário de fim de mês
Da garrucha o gatilho
De maria seus dez filhos
De joão seus dezesseis
É a faca amolada
na cintura do vaqueiro
Um bezerro correndo ligeiro
Na cerca da vaquejada
É a foice e a enxada
De um povo infeliz
A mão cheia de calo
Mostrando a deus a cicatriz
Somos nós e são vocês
O veneno da serpente
A raposa feroz e valente
Na seca mais uma vez
Pode ver meu pobre amigo
Os pés rachados sobre o chão
Um homem sossegado dormindo
Na madeira do caixão
É o vento,a folha morta
Poeira dentro da cacimba
No pescoço pendurado
Um terço de padre Romão
Os olhos vivos da coruja
Um sabiá fazendo o ninho
Na caatinga do sertão
É a morte e a navalha
casebre coberto de palha
Fogueira fazendo clarão
Somos nós e são vocês
Um urubu sujo e sanguinário
Atacando a sua preza
Devorando um lobo solitário
É serra e o vazio
O caminho dentro do rio
O canto triste do canário
Quem sou eu?quem são vocês?
O nó da forca ou a guilhotina
O buco seco da menina
Um cego enxergando a luz
Vendo a fome como sina
É um sonho é um traço
o suor e o cansaço
No embaraço da vida.





Walter Poeta e Benoni codácio

SERTÃO

No sertão
O sol quente de manhã cedo
Mandacaru com flor nascendo
A seca que mete medo
mato verde na terra morrendo.

Caminhando com os pés no chão
Calo seco debaixo do dedo
Fome nos olhos de um gavião
lenda que é segredo.

O candeeiro continua aceso
De ontem que virou hoje
Por dentro me sinto prezo
Feito um pássaro que longe vejo.

No lugar que vivo agora
Pão e água é o meu desejo
A noite não me apavoro
A rede é o meu sossego.

Pensando de madrugada
Dos espinhos na flor nascendo
Nessa vida chata e ingrata
O urubu lá fora sobrevivendo.

Valei-me meu deus que anda nos vendo
No derradeiro dessa noite mansa
O diabo anda solto ao meu lado
Vendo o outro alí morrendo.







Walter Poeta

ILUSÃO

Eu pensei que o nosso amor
Fosse eterno
Mas tudo passou
De uma grande ilusão
Eu te dei o meu coração
Em todos momentos
Mas você não quis
E me jogou de encontra ao vento

Que vem,
Tão forte como
Era o nosso amor
Que vem,
Só para me dizer
Que posso ser feliz
Longe de ti
Que vem,
Para levar de vez
A minha solidão
Pra um outro lugar
Estou abrindo a porta
Do meu coração
Para um novo amor entrar.




Walter Poeta

segunda-feira, 18 de julho de 2011

VIAGEM

Eu quero falar com os duendes
Acender um incenso
Que vem dessas árvores
Pra espantar todo mal

Me deixe seguir o meu caminho
Me encontrar com as fadas
Que sempre existiram
E que tem o poder sobrenatural

Eu quero voar com as bruxas
Que sempre nos vigia
Voar pelo o mundo
Fazendo bruxaria

Eu quero falar com os anjos
Para me proteger
Errar nessa vida
Pra depois entender

Eu quero esquecer esse mundo
Como eu sempre quis
Amar quem me ama
E ter a certeza que vou ser é feliz

Eu vou caminhar nessa noite
Pela mesma estrada
Beber com a morte
Que vive na vida e na encruzilhada

Eu quero a paz nessa vida
Um mundo sem guerra
Um futuro mais novo
Com a nova era.








Walter Poeta

O CORPO

Os dedos da mão
em cada mão.
Os dedos dos pés
em cada pé.
A palma do pé
anda no chão.
Os braços ficam
pendurados no corpo.
O corpo fica no alto
ás vezes fica em baixo.
O corpo fica cansado
quando está indisposto
É frágil toda parte do corpo
quando tá meio torto.
O pescoço quem segura é o corpo
A cabeça quem segura é o pescoço
O corpo finge quando está morto
na hora de dormir
Mas morto é aquele
que não tem as mãos,
os dedos,
a língua,
a cabeça e o pescoço.







Walter Poeta

ANJO

Vejo um anjo no céu
vejo um anjo no mar
vejo um anjo brilhando
No fundo do teu olhar

Vejo um anjo na noite
vejo um anjo vagando
vejo um anjo luzindo
Vejo um anjo dançando

vejo um anjo de deus
vejo um anjo cantando
Vejo um anjo alegre
vejo um anjo brincando







Walter Poeta

ANJO DE DEUS

Abril de 200

Algumas coisas
Se tornam difíceis nesse momento
Não consigo dá um nó na gravata
Atacar os botões da camisa.
Paciente,
Observo como a vida é mais
Difícil do que viver.
Falar é mais fácil
Quando tudo está melhor.
Enquanto pássaros voam contra o vento
Sou a favor do destino
Espio cada minuto que passa
Fico quieto a espera de um fato
Qualquer acontecimento que mude
A minha existência.
Mas a minha idade,
Tem tudo haver com o meu rosto
As árvores crescem de acordo com o tempo
E novamente me vejo
Crescer diante de um espelho
Antes disso,
Duas crianças nascem no mesmo mês
Os anjos festejam com boas vindas
Agora posso falar,gritar
Falar mais de dois palavrões
Depois faço sinal com a fumaça
De um cigarro nas ponta dos dedos
Tentando me entreter dessa vida
Que talvez eu mereça
Nesse mês de abril




Walter Poeta

FOGO AOS LENÇOIS

deixe-me perder a cabeça
beijando a sua boca gelada
Lamber ardentemente os teus dedos
Sentir as tuas unhas afiadas

Faça com que sua língua atrevida
Fique mais um pouco indecente
Que o seu orgasmo sejá múltiplo e explosivo
Vendo você deslizar a cabeça até o meu pênis

Quero te levar ao delírio
E te ver toda aberta na cama
Explorar cada parte do teu corpo
Pra você ter uma estimulação clitoriana

Quero me contorcer de prazer
Colocando a minha língua na tua boca
Te penetrar em questão de segundos
Só para te ver excitada parecendo uma louca

Quando estivermos no auge da transa
Quero te beijar os teus ombros e seios
Só pra ver subir até as paredes
E entregarmos o nosso amor ao devaneio

Depois que chegarmos ao orgasmo
descansaremos para abaixar o nosso fogo
Esperaremos apenas uns doze minutos
E a nossa loucura começará tudo de novo








Walter Poeta

sexta-feira, 8 de julho de 2011

ESPERANÇA SERTANEJA

A tarde chega a noite logo escurece
Vou fazer aquela prece para o meu santo protetor
Pedindo a ele muita água muita fartura
Acendo uma maço de velas pro meu povo sofredor

A seca é braba o carcará é traiçoeiro
Pega a sua preza e mata pra poder soberviver
E a vela queima nos pés do meu santo forte
Na rede velha eu balanço vendo a hora amanhecer


Quando amanhece a vela está apagada
O galo canta lá fora acorda a fé do meu povo
Calço o chinelo lavo o rosto pego a enxada
E quando eu volto pra casa faço minha a prece de novo.







WALTER POETA

CANÇÃO SEM NOTA

Uma pequena canção uma pedra
Uma pequena ilha deserta
Um coração pequeno
Uma vida
Uma lágrima na rua perdida

Na direção da rua um corpo
Mas é corpo que fica em cima da terra
A minha sombra é que faz
sombra pra ela
A morte que não vejo me espera
Enquanto espero uma canção
Em outra vida.